quarta-feira, 27 de maio de 2015

Big Brother no céu para ver a umidade da Terra


A agência espacial norte-americana lançou no começo deste ano um equipamento para medir a umidade do solo, ele me no atacado, do mundo todo.  As imagens mais alaranjadas indicam zero de umidade ( primeiro ponto na escala em laranja 0 m3/m3 (nenhuma água por metro cúbico de terra) e as cores azuis escuras indicam até 0,6 m3 / m3 ( 0,6 metros cúbicos de água por metro cúbico de terra). Essa imagem é o resultado de uma semana de captação de informação, no mês de maio
                       Observatório (Ativo e Passivo) de Umidade do Solo  - Soil Moisture Active Passive (SMAP) observatory
No Brasil há a área do semi árido nordestino com baixa umidade. No norte do México subindo pela Califórnia há uma outra região seca, que lá como aqui, está passando por problemas de  escassez de água. E, no norte da África, uma imensa área laranja, indicando que o Saara se esparrama até se banhar no Mediterrâneo. A população mais pobre não tem como sobreviver ali, é por essa razão que as pessoas desta região se arriscam em pequenos botes para atravessar o Mediterrâneo tentando atingir a parte sul da Itália.

As áreas em azul indicam umidade, ou água mesmo, como a bacia Amazônica e o Pantanal.  Na região central da África, o lago Vitória, onde nasce o Nilo. No norte da Rússia, nas estepes.

Esse equipamento irá ajudar a monitorar e a prever o clima, entender como é a relação entre as regiões da Terra que dispõe (ou não) de água no solo e a relação com a geração de energia e a emissão de carbono (ciclo do carbono).  Além de poder mostrar como é a variação da concentração de água no solo ao longo do ano (ao longo das quatro estações).

Como todos as informações sobre o nosso planeta, dados pontuais e únicos indicam ou mostram fenômenos como chuvas, secas e nevascas que acabam de ocorrer. Mas não ajudam no entendimento global de para onde regiões secas estão se encaminhando, para onde as chuvas estão mudando e irão cair com mais frequencia ao longo dos próximos anos. Por isso dispositivos assim são importantes, eles ajudam a contar a história ao longo do tempo, com uma coleção de dados para conhecermos mais e melhor as mudanças que estão ocorrendo.


















http://climate.nasa.gov/news/2287/


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