Uma comissão da Casa Branca identificou como causas do acidente, que levou a vida de 11 pessoas que trabalhavam na plataforma: a sistemática de corte de custos e critérios de segurança insuficientes, além desses foram consideradas causas sistêmicas como a falta de revisões constantes nas práticas de segurança e também nas próprias normas governamentais.
A agência de proteção ambiental americana, a CETESB deles, conhecida como EPA baniu temporariamente a BP de novos trabalhos no território americano.
Na área econômica a conta por tudo isso deve sair cara. A multa será uma relação entre a quantidade de petróleo que jorrou do poço ao longo dos 5 meses, na casa dos milhões, versus um valor referente a negligência da operação durante a perfuração e também por emitirem relatórios que minimizavam os efeitos do vazamento, da ordem de milhares de dólares. Se falássemos em espanhol essa multiplicação (milhares de milhões) já teríamos um número formado, e esse número seria o bilhão. A BP e seus parceiros comercias estão para pagar entre 4 e 18 bilhões de dólares.
A plataforma da BP que perfurava, estava a 66 km de distância da costa da Louisiana, a uma profundidade de 1600m e fazia um poço de 10,6 km de profundidade.
A foto mostra o petróleo sendo despejado nas águas do Golfo do México.
Quando o continente americano se separou do africano formou-se no fundo do oceano Atlântico uma camada de material orgânico que, alguns milhões de anos depois formaria o reserva de petróleo que conhecemos como Pré-sal. Se chama de pré-sal pois se formou antes de uma camada de sal e por isso o pré. Este estrato de sal (que pode ser NaCl, KCl...) associado a petróleo, não é uma formação rara, existindo também na Argentina no Estado de que produz ótimos vinhos, Mendoza. Nessa área, o petróleo se apresenta menos volumoso e o sal, cloreto de potássio, se transforma no negócio final para a produção de fertilizantes.
O pré-sal é uma camada que fica situada em águas profundas. Neste caso, a distância entre a superfície da água e o leito do oceano varia entre 1 e 2km e abaixo deste leito descendo até 6km a uma distância de até 300km da costa.
Esse campo se estende desde Santa Catarina até o Espírito Santo. A imagem ilustra como onde está o petróleo.
No leilão do campo de LIbra foi vencedor um consórcio entre a Petrobras, a Shell, a Total e as chinesas CNPC e CNOOC, com o lance mínimo necessário para levar, de 41,67%, como a Petrobras detinha 40%, matematicamente 81,67% do petróleo é nacional.
O leilão foi realizado e não havia um plano de contingência, também chamado de PNC (plano nacional de contingência), para casos de emergência de vazamentos. Nesses casos quem será chamado primeiro? a Marinha?, o Ibama? o que cada um deverá fazer?Esse pessoal todo deverá ficar lotado onde? E o consórcio vencedor fará o que? E, como vivemos em um país capitalista, quem pagará a conta e como? Interessante que esse custo não deve ter sido levado em conta, já que não se sabia o que seria pedido!
Por que tanta preocupação com a possibilidade de falha dos materiais e dos equipamentos? Porque eles estão sujeitos a condições de trabalho adversas. O poço pode chegar a até 20 km de profundidade, e as temperaturas serão por volta de 150oC e pressões 400 vezes maiores do que a atmosférica ( aquela que nos rodeia), há gases ácidos como o H2S o que dificulta a vida dos materiais metálicos nessas condições e claro, um oceano aberto, sem quebra ondas para proteger a plataforma.
No nosso caso as plataformas estarão muito mais distantes da terra (até 300 km) do que no caso da BP. Isso fará com que cada viagem até a plataforma demore mais, não da para ir de avião pois não haveria onde pousar. E no nosso caso os poços serão mais profundos.
Não há vertente política ou de ideologia nessa crítica, apenas comento a falta de capacidade mesmo.
http://www.theguardian.com/environment/2013/sep/30/bp-gulf-oil-spill-negligence-fines
http://www.bp.com/en/global/corporate/gulf-of-mexico-restoration/deepwater-horizon-accident-and-response/containing-the-leak.html
https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/10/23/apos-leilao-plano-ambiental
http://jornalggn.com.br/noticia/as-criticas-ao-leilao-do-campo-de-libra
http://www.petrobras.com.br/pt/energia%2De%2Dtecnologia/fontes%2Dde%2Denergia/petroleo/presal/
http://oglobo.globo.com/economia/diretora-da-anp-minimiza-falta-de-plano-de-contingencia-10448675
http://www.coppe.ufrj.br/pdf_revista/coppe_pre-sal.pdf
os da perf