quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sacolas Plásticas 496 x 69 População

No Canadá e nos Estados Unidos existem leis que proíbem a distribuição de sacolas plásticas. Nesses países os resíduos orgânicos(restos de comida e tudo que criamos no banheiro) vão para o esgoto e o que sobra são resíduos recicláveis. É de lá que vem nossas leis referentes a esse assunto.
Na nossa sociedade são duas as funções das sacolas plásticas. Uma é levar as compras a salvo para nossas casas, a segunda é levar para fora o lixo.
Para o primeiro uso as soluções alternativas são conhecidas: sacolas de pano, caixas de papelão e sacolas plásticas amigas do meio ambiente. As sacolas de pano que, nós consumidores, levamos e as caixas de papelão dadas pelos supermercados apresentam grau de contaminação  por coliformes totais em 58 e 80% respectivamente das sacolas e caixas amostradas. As sacolas plásticas banidas pela (primeira) lei 496 de 2007 não apresentam contaminação microbiana. Para as sacolas amigas da natureza no artigo quinto da lei aprovada "Os fabricantes, distribuidores e estabelecimentos comerciais ficam proibidos de inserir em sacolas plásticas para o acondicionamento e transporte de mercadorias (...) que indiquem suposta vantagem ecológica de tais produtos".

A segunda função das sacolas é levar para fora de nossas casas o lixo gerado. Há uns 30 anos, uma forma muito eficaz de acondicionar o lixo era utilizando latas de tinta, aquelas de 18 litros. Hoje, isso não é mais possível pois há o risco, não relativo à ecologia mas ao ser humano, de o lixeiro se cortar. Outro problema é que geramos, com o aumento da qualidade de vida ao longo desses anos, mais lixo e seriam mais latas a serem transportadas até o caminhão. A outra solução são as caixas de papelão, que em um país  que chove, fica inviável, pois a caixa se desmancha e o lixo de todos na rua iria para os bueiros. Sobra as sacolas plásticas já conhecidas.
Deve ser por essas razões, ou simplesmente porque com a lei criada algo que era de graça passou a ser cobrado sem que houvesse um ganho expressivo ao meio ambiente (todos continuam a ter sacolas plásticas como embalagem para o lixo) é que uma parcela significativa da população, 69% dos paulistanos, está a favor da volta das sacolas aos supermercados.
Em Belo Horizonte, alguns estabelecimentos em um ato de gentileza com o consumidor, como não podem dar a sacola de plástico devido a lei, eles dão uma sacola de papelão.
Há um ramo do estudo de meio ambiente que se chama Análise de Ciclo de Vida- ACV. É tão importante que está lá nas normas ISO 14.000. Quando se estuda sob este prisma se leva em conta os consumos de matérias-primas e o que é gerado para produzir um determinado bem. Na figura ao
lado pode-se observar o quanto é consumido e o quanto que é gerado de residuo e de efluentes para produzir 1 milhão de sacolas de plástico e de papelão. As sacolas de papelão consomem mais energia e geram mais poluição do ar em quase todos os itens do que as de plástico. Este é um assunto que não se encerra com apenas uma figura, e além disso tem que se levar em conta as condições regionais, por exemplo se há energia elétrica disponível (a região sudeste passou por um racionamento em 2001) e se há água na região (Minas Gerais e seis Estados do nordeste sofrem hoje com a seca). Estes itens definem se é melhor fazer a sacola de plástico ou de papelão.
Os resíduos sólidos urbanos são uma preocupação em todos os países. Nos países menores e mais desenvolvidos este é um problema mais grave (há mais lixo) e menos espaço para os aterros. Na Alemanha e em Portugal há um programa de lixo zero em aterros. O material orgânico é desidratato e serve como combustível para gerar energia elétrica e o restante do lixo, o resíduo reciclável, é encaminhado para centros de reciclagem. Esses bons exemplos é que deveriam ser seguidos.



terça-feira, 22 de maio de 2012

Lei dos sacos plásticos, ensaque essa idéia

A idéia deste blog é apresentar alguns temas para que sejam vistos e discutidos.

No Canadá e nos Estados Unidos toda a sobra de comida vai para a pia, se fosse um desenho dos Flintstones haveria um pequeno dinossauro que comeria esses restos. No mundo real há um triturador e a comida passa por ele e desse pelo cano. No banheiro não há cesto e o os papeis são jogados no vaso. Assim, não há material orgânico sendo colocado no lixo. O restante do que é gerado nas casas é material passível de reciclagem e é colocado em recipientes. O conteudo desses contentores é recolhido. Os sacos plásticos nesse sistema de coleta é inútil e por isso há lei nesses paises que proibem que sacos plásticos sejam dados. O cliente pode comprar o saco por um valor próximo a 20 centavos. 

No Brasil, o sistema de coleta e disposição do lixo, do resíduo sólido urbano- RSU, é obrigação do município.  Na maioria dos mais de 5000 municípios, não há uma lei que obrigue os cidadões a reciclar o RSU.  Há apenas indicações, sugestões e apelo a consciência ecológica para reciclagem. A única maneira de disposição do material orgânico gerado nas residências é a lata de lixo. Meu filho e a prima dele as vezes fazem uma composteira, mas creio que não deve entrar nas estatíscas da cidade.  A geração de resíduo varia em função de vários fatores, como a localização se é urbana ou rural, da época do ano e dos dinheiros, ou seja da renda percapta. Se você é paulistano, deve gerar aproximadamente 1,3 kg resíduo/dia. Assim, mesmo que você goste e se preocupe com o meio ambiente ao longo de um ano você deve gerar quase meia tonelada de RSU. Belo Horizonte e agora São Paulo têm leis que proíbem que sacos plásticos sejam distribuidos gratuitamente. São leis que se ocupam com menos de 5% do nosso lixo.