Na nossa sociedade são duas as funções das sacolas plásticas. Uma é levar as compras a salvo para nossas casas, a segunda é levar para fora o lixo.
A segunda função das sacolas é levar para fora de nossas casas o lixo gerado. Há uns 30 anos, uma forma muito eficaz de acondicionar o lixo era utilizando latas de tinta, aquelas de 18 litros. Hoje, isso não é mais possível pois há o risco, não relativo à ecologia mas ao ser humano, de o lixeiro se cortar. Outro problema é que geramos, com o aumento da qualidade de vida ao longo desses anos, mais lixo e seriam mais latas a serem transportadas até o caminhão. A outra solução são as caixas de papelão, que em um país que chove, fica inviável, pois a caixa se desmancha e o lixo de todos na rua iria para os bueiros. Sobra as sacolas plásticas já conhecidas.
Em Belo Horizonte, alguns estabelecimentos em um ato de gentileza com o consumidor, como não podem dar a sacola de plástico devido a lei, eles dão uma sacola de papelão.
Há um ramo do estudo de meio ambiente que se chama Análise de Ciclo de Vida- ACV. É tão importante que está lá nas normas ISO 14.000. Quando se estuda sob este prisma se leva em conta os consumos de matérias-primas e o que é gerado para produzir um determinado bem. Na figura ao
lado pode-se observar o quanto é consumido e o quanto que é gerado de residuo e de efluentes para produzir 1 milhão de sacolas de plástico e de papelão. As sacolas de papelão consomem mais energia e geram mais poluição do ar em quase todos os itens do que as de plástico. Este é um assunto que não se encerra com apenas uma figura, e além disso tem que se levar em conta as condições regionais, por exemplo se há energia elétrica disponível (a região sudeste passou por um racionamento em 2001) e se há água na região (Minas Gerais e seis Estados do nordeste sofrem hoje com a seca). Estes itens definem se é melhor fazer a sacola de plástico ou de papelão.
Os resíduos sólidos urbanos são uma preocupação em todos os países. Nos países menores e mais desenvolvidos este é um problema mais grave (há mais lixo) e menos espaço para os aterros. Na Alemanha e em Portugal há um programa de lixo zero em aterros. O material orgânico é desidratato e serve como combustível para gerar energia elétrica e o restante do lixo, o resíduo reciclável, é encaminhado para centros de reciclagem. Esses bons exemplos é que deveriam ser seguidos.