No planeta Terra mais de 70% da superfície está coberta por água, a piada que é antiga, mas ainda vale, é que este planeta deveria
se chamar Água e não Terra!
Porém se a gente levar em conta que
tem uma massa de terra para suportar esse aguaceiro todo, o novo desenho seria
mais ou menos assim:
Dessa água, 97,5% é salgada,
sobrando apenas 2,5% de água doce. Quase 70% da água doce está indisponível, ou na forma de
gelo em icebergs na Antártica e na Groenlândia, no solo na forma de umidade e
em aquíferos tão profundos que não são viáveis, pelo menos não por enquanto.
Menos de 1% da água potável no planeta (~ 0,007%
de toda a água existente) está acessível em rios, lagos e em reservatórios próximos
a superfície.
A água está ligada a história da
ocupação da Terra pelo homem. Desde a Roma antiga, os romanos construíam além
das estradas que sempre levavam a ela, aquedutos. Todas as grandes cidades
foram fundadas próximas a rios e a mares. Não só pela facilidade de ir e
vir, mas também para se ter o que beber e com que regar as plantações. Londres
tem o Tamisa, Paris o Sena, em Nova Iorque o Hudson, Toronto tem o lago
Ontario, Recife tem o Capibaribe e o Atlântico, e em São Paulo há os rios
Tiete, Pinheiros e Tamanduateí. Em
Brasília, que é uma cidade planejada, e que está situada em uma região seca e sem
rios nem mares projetou-se um lago, não para o transporte mas para melhorar a umidade local.
A quantidade de água que um ser
humano consome por dia varia de acordo com vários fatores e não apenas da sua
sede. Depende da localização da sua casa e da sua condição socioeconômica.
Se a pessoa for um ermitão vivendo no meio da selva amazônica, ela deverá
gastar entre 10 e 20 litros de água por dia. Se essa mesma pessoa morar em uma
cidade, seu consumo diário devido a limpeza, ao trabalho, a manufatura dos
seus bens de consumo (um automóvel consome durante a sua fabricação quase 400.000
litros) e as necessidades pessoais somarão um pouco menos de 600 litros. Agora,
se esta pessoa morar nos Estados Unidos, que detém o recorde de maior consumidor
de água entre todos os países, a média será o valor astronômico de 3.200 litros
por dia.
Se toda a população da Terra
tivesse o padrão de vida e assim o consumo de água num valor médio entre o europeu e o da América do norte seriam necesssários 3,5 planetas para atender
essa demanda!
Da água retirada da natureza para o
nosso consumo 65% irá para a agricultura(isso varia de região para região, na
Europa esse número é de 38 e na Ásia sobe para 86%), 10% para uso doméstico (em
nossas casas, no serviço público de águas e esgoto, no comércio e serviços
públicos), 20% nas indústrias e 5% perdido devido à evaporação.
A água é responsável também pela
(boa) saúde da população. Na virada deste século 1,1 bilhão de pessoas não
tinha acesso à água potável e 2,6 bilhões viviam em áreas sem saneamento
básico. A falta de água potável fez-se criar uma expressão, que infelizmente, é
muito utilizada tensão devido ao uso intensivo de água doce (freshwater
stress). A maior parte dos países que não dispõe de água potável se encontra na
África, na Ásia e no Pacífico.
As Nações Unidas possuem um órgão que cuida
das ações e da divulgação de informações a respeito do meio ambiente, é o UNEP (United Nations
Environment Programme). Entre muitos outros assuntos como mudanças climáticas a
água é tratada. Na figura abaixo, retirada de um documento gerado pela UNEP, se observa a evolução das áreas que sofreram e que
muito provavelmente sofrerão por ter um consumo de água potável elevado em
função do total de água disponível. Em 30 anos, países como Estados Unidos,
China e India, que representam boa parte da população sofrerão com freshwater stress.
Como em todos os conjuntos de dados
que representam médias, os desta figura também têm alguns desvios importantes e
conhecidos. No nordeste brasileiro e no norte do Chile, no Atacama, são regiões
semiáridas e secas e, claro geram tensão pelo uso de água doce e esses fatos não são
mostradas aqui.
O nosso consumo de água é um tema
importante e que deve ser revisto. Como mandava nossas professoras, deixar a
torneira aberta enquanto escova os dentes ou faz a barba, a menos que tenha um
necessidade de hipnotismo ou de cunho religioso, deve ser evitado pois gasta uma água
que é pouca e preciosa no mundo.
A cidade de São Paulo é uma das que
está sempre nas listas das mais populosas do mundo, e está ficando sem
água para abastecer sua população, uma prova disso é que a está buscando a mais de 50 km da capital.
Um dos maiores problemas no que se
refere a economia e a redução no consumo é o valor do litro de água. Este preço
é tão baixo que é medido em metros cúbicos (= mil litros) para se ter um número
mensurável e que você possa olhar e ver na sua carteira. O valor varia de
acordo com a moradia e com a faixa de renda das pessoas, começando com valores
próximos a R$ 0,50 e provavelmente você, que está lendo, deve pagar R$ 7,02 por mil litros, um pouco mais de 7 centavos por litro de
água. É bem difícil economizar quando por 7 reais você pode tomar um banho de
banheira em 1 m3 de água.
Para ser preciso nesses números a
empresa pública que faz a entrega da água no Estado de São Paulo, ao vender a
água vende também, e cobra, o tratamento, pelo mesmo preço por litro de água. Assim, o valor final pelo uso da água é o dobro do apresentado no parágrafo anterior.
E Onde há água doce?
No Canadá está 20% de toda a água
doce do planeta e no Brasil há uma parte do maior aquífero de água doce do
mundo, o aqüífero Guarani, com uma produção estimada de 40
Km³/ano. Ele se estende por 4 países além do Brasil, Uruguai, Paraguai
e Argentina.
A outra opção quando não se tem água potável é produzi-la a partir de um tipo muito abundante na Terra, a água salgada pelo técnica de desalinasação.
A desalinazação é um processo de destilação onde a partir de água salgada se produz água potável. Há o aquecimento da água salgada, ocorre a evaporação de água apenas, deixando os sais e essa água doce é recolhida.
Há fábricas de desalinazação em mais de 120 países do mundo, tais como Arabia Saudita, Omãn, Espanha, Portugal, Grécia, China, Índia, Austrália e Estados Unidos. Em projetos de capital, o valor do investimento está entre R$ 2,50 a 3,00 por litro que se deseja produzir. O preço do metro cúbico da água produzida por desalinação está compreendida entre R$ 1,60 e 3,20 (valores de projetos desenvolvidos nos Estados Unidos). Esses valores são os números finais e fechados não da para saber quais foram os incentivos e descontos governamentais dados para a instalação.
Uma arquitetura possível de uma fábrica de produção de água potável a partir de água do mar pode ser visto na figura abaixo, parecendo uma plataforma de petróleo.
Água é uma substância incolor, inodora e insípida, para quem nunca experimentou aquela produzida por desalinização é ainda mais insípida!
Apesar dos custos, para nós, a população, de um litro de água doce original e de outra proveniente da desalinização serem muito próximos e de haver um estoque praticamente inesgotável de água nos mares, só o fato de já existirem tantas fábricas para desalinizar água do mar é um alerta para que o consumo seja repensado.
Está se acabando com água doce existente e o raciocínio não deve ser simplesmente, não há problema há oceanos para se beber. Estamos chegando a um dos limites de demanda do planeta e este é um fato importante.
A outra opção quando não se tem água potável é produzi-la a partir de um tipo muito abundante na Terra, a água salgada pelo técnica de desalinasação.
A desalinazação é um processo de destilação onde a partir de água salgada se produz água potável. Há o aquecimento da água salgada, ocorre a evaporação de água apenas, deixando os sais e essa água doce é recolhida.
Há fábricas de desalinazação em mais de 120 países do mundo, tais como Arabia Saudita, Omãn, Espanha, Portugal, Grécia, China, Índia, Austrália e Estados Unidos. Em projetos de capital, o valor do investimento está entre R$ 2,50 a 3,00 por litro que se deseja produzir. O preço do metro cúbico da água produzida por desalinação está compreendida entre R$ 1,60 e 3,20 (valores de projetos desenvolvidos nos Estados Unidos). Esses valores são os números finais e fechados não da para saber quais foram os incentivos e descontos governamentais dados para a instalação.
Uma arquitetura possível de uma fábrica de produção de água potável a partir de água do mar pode ser visto na figura abaixo, parecendo uma plataforma de petróleo.
Água é uma substância incolor, inodora e insípida, para quem nunca experimentou aquela produzida por desalinização é ainda mais insípida!
Apesar dos custos, para nós, a população, de um litro de água doce original e de outra proveniente da desalinização serem muito próximos e de haver um estoque praticamente inesgotável de água nos mares, só o fato de já existirem tantas fábricas para desalinizar água do mar é um alerta para que o consumo seja repensado.
Está se acabando com água doce existente e o raciocínio não deve ser simplesmente, não há problema há oceanos para se beber. Estamos chegando a um dos limites de demanda do planeta e este é um fato importante.
foto de Peter
Campbell
Como sempre, para mais informações, vejam os links abaixo:
http://www.learner.org/courses/envsci/visual/visual.php?shortname=world_freshwater
http://www.globalchange.umich.edu/globalchange2/current/lectures/freshwater_supply/freshwater.html
http://site.sabesp.com.br/uploads/file/clientes_servicos/comunicado_04_2013.pdf
http://www.unep.org.br
http://www.unep.org.br
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